O conceito de marca evoluiu historicamente a partir de três paradigmas: a identificação, a distinção da origem e a identificação do dono de algum bem. (CHAMMA; PASTORELO 2007)
Kotler define marca como: Um nome, termo, sinal, símbolo ou combinação dos mesmos, que têm o propósito de identificar bens ou serviços de um vendedor ou grupo de vendedores e de diferenciá-los de concorrentes. (KOTLER, 1998, p. 393)
A partir destes dois conceitos podemos colocar que a marca é a forma como a sua empresa se apresenta ao mercado englobando diversos fatores relacionados sua identificação de forma distinta das suas semelhantes ou concorrentes.
Uma marca pode identificar não somente uma empresa, mas um produto, uma pessoa, uma banda, um show, um filme ou praticamente qualquer coisa que se queira distinguir das demais a partir das suas características.
Abordamos acima uma definição restrita de marca para que você possa entender de forma mais objetiva do que se trata, porém, estes conceitos se mostram insuficientes se aplicados a realidade contemporânea onde os consumidores não buscam mais apenas produtos, serviços ou empresas e sim todo um conjunto de valores e atributos a estes associados.
No contexto contemporâneo a marca passou a ser um conjunto de valores, práticas, ações somados a símbolos, formas de comunicação que continuam tendo como função a identificação de uma empresa, produto, serviço…, mas, de uma forma mais complexa, sendo assim, as empresas devem estar atentas a estes fatores na busca pela identificação positiva por parte de seus clientes.
Para que você possa entender essa evolução, não obstante, podemos identificar empresas que atuavam por meios insustentáveis sem o menor respeito pela saúde e bem-estar de seus colaboradores, pelo meio-ambiente, a comunidade em que atuam…, você consegue identificar alguma dessas empresas?
Hoje tais práticas estão diretamente relacionadas ao valor da marca de uma empresa, e a sociedade e o mercado não mais as aceitam, e é esse o ponto, a sociedade mudou e fez com que o conceito de marca evoluísse.
Hoje o que uma empresa deve buscar na construção de uma marca forte é a representação de sua identidade corporativa, buscar na sua essência (missão, visão e valores) a que elas servem, qual o motivo de sua existência e de forma transparente passar isso ao mercado.
Isso fica muito difícil quando a empresa age de forma anti-ética, ou amoral, uma Identidade deve transparecer o que uma empresa é de fato, estamos na era da informação e uma empresa que queira passar uma identidade que não possui fatalmente terá sua imagem manchada em algum momento. (identidade é o que a empresa deseja passar e imagem é o que será de fato enxergado e interpretado pela sociedade)
O design gráfico atua de forma a criar elementos gráficos visuais que enfatizem os valores tangíveis e intangíveis de uma marca, a partir de um planejamento detalhado que permita identificar os objetivos da empresa considerando a sua Identidade Corporativa de fato, esses elementos serão transmitidos através da Identidade Visual.
Identidade Visual – A representação Visual de Uma Marca
A Identidade Visual é conjunto de elementos que representa visualmente e de forma sistematizada uma marca. A identidade reproduz a realidade, mostra quem é a empresa e como atua. A imagem, por sua vez, realça como ela é percebida no mercado. O manual da identidade visual informa aos clientes, fornecedores e parceiros como a marca deve ser aplicada em peças de comunicação, criando uma agradável marca corporativa, mencionando a imagem que a organização deseja transmitir.
Por lidar com o ponto de vista do ser humano (imagem) a comunicação visual deve ser bastante expressiva, exerce um impacto repentino em quem a enxerga. É a primeira impressão passada para seu público, influenciando na opinião que o mesmo formará a respeito da sua empresa. Portanto, se o visual da organização estiver mal formulado, certamente não transmitirá a credibilidade necessária para conquistar o mercado.
Componentes da Identidade Visual
Primários: fundamentais para que o processo funcione, sendo eles o símbolo (sinal que substitui o registro de nome da empresa), e/ou logotipo (forma privada e diferenciada com a qual o nome da instituição é registrado nas aplicações) e a marca (conjunto formado pelo símbolo e logotipo).
Secundários: são as cores e o alfabeto que predominam nas peças de comunicação da empresa. Esses componentes são pouco explorados, mas requerem atenção tanto na hora da escolha, quanto no momento em que forem utilizados no projeto, pois colaboram para o procedimento de avaliação e fixação da marca no intelecto dos consumidores.
Terciários: envolve os acessórios e elementos complementares, como por exemplo, grafismos e mascotes.
Compreende-se que a marca é o elemento principal para diferir e classificar empresas, funcionando como uma maneira de o consumidor identificá-la e ainda reúne valores emocionais e psicológicos que acabam influenciando o cliente a decidir com base na identificação com esses valores.
A identidade visual deve ser normatizada, pois não tendo um padrão, a empresa passará ao público, tanto interno como externo, um conceito de desorganização e ineficiência. Ou seja, ter um material institucional bem estruturado reflete um grande benefício: aumento de credibilidade e valor da sua marca.
O processo de construção de uma Identidade Visual é complexo e deve ser desenvolvido por profissionais qualificados para que sua empresa alcance os objetivos estabelecidos de forma a transparecer os valores essenciais e criar uma identificação positiva por parte dos clientes.
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